Sunday, December 02, 2007

Dedicatória


Como podia eu saber do que sentia falta ao longo dos anos se não sabia quem eras? Como era possível eu pretender perceber o que se sente quando se ama se nunca me tinha visto reflectido no teu olhar? Se já o suspeitava agora sei! É possível amar-te, sim. É possível desejar pegar-te nas mãos e guardar-te para sempre. É possível desejar não mais partir para parte alguma onde não estejas. É possível desejar envolver-te a cintura nos braços e rodopiar lentamente até que outra manhã desponte. Fechar o corpo em concha para te protegar lá dentro, ouvindo a tua voz suave. E agora vou seguir em frente com a inquietude e desassossego que me ofereceste nesta noite de névoa, desejando sempre que nunca me esqueças.

Para a Daniela Dias

(Fotografia: Figueira da Foz, Portugal, 16 de Setembro de 2007 / Texto: Coimbra, Portugal, 2 de Dezembro de 2007)

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4 comments:

Anonymous said...

Now that you find it it's gone
Now that you feel it, you don't
You've gone off the rail

Anonymous said...

Você está a escrever em português de Portugal: cuidado com a Polícia dos lugares comuns. O nosso inspector-geral, VPV, detectou a sua escrita no nosso radar. Prepare pagamento.

Celso Rosa said...

Raios partam o Pulido Valente!

Celso Rosa said...

Sinto a tua falta Daniela.